Há éter na idade
Eternidade é como uma cortina que impede o Sol
É como o amor guardado numa gaveta fechada
E que a empregada sem saber joga fora por nada
E você só descobre no dia seguinte
E se sente como um pássaro sobrevoando um deserto
Sem árvores, moitas, ou qualquer lugar de pouso
E de repente você não tem onde colocar as mãos
Nem sua alma, seus olhos, seu livre-arbítrio, sua idade
Maculada por outra pessoa que vestida de ingenuidade
Atira fora tudo que se esperava de eternidade
A eternidade é um conceito parecido com uma gaveta
Que guarda um saco fechado com carinho;
Que parece nunca mais sair do lugar, esperando ser jogado fora
E outra pessoa simplesmente joga...
Outra pessoa joga...
Joga...
A Sua eternidade fora
Ela não jogou, tampouco se vestiu de ingenuidade. Ela pairou no éter e caiu em pleno vôo de sonhos e/ou delírios que também eram dela. É isso. E também a gaveta "dela" está vazia, também a gaveta dela...penso que é egoísmo achar-se dono do maior sofrimento do mundo.
ResponderExcluirEu te amo!
ResponderExcluirE também ela, que não era de lugar algum, teve o pouco de sua eternidade lançada ao vento do esquecimento...
ResponderExcluirGostei da sua eternidade. Parabéns pela beleza dos versos.
ResponderExcluir