sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Realidade V.


Ventos mentais me retorcem. São furacões invisíveis. Faço pensar a mim mesmo que deve existir alguma saída deste imenso labirinto, o problema é o Minotauro.

A realidade é que desde que nascemos não há para onde fugir. Somos obrigados a vencer o Labirinto e torcer para não encontrar o grande monstro. Mas na minha cabeça são muitos monstros, e parece impossível não encontrá-los.

Então nos armamos das grandes armas que nos protegem. O descaso, a futilidade, a tristeza, a necessidade de aprovação, os outros, dentre outras armas. Armas que nos destroem mais que os monstros.

Mas o entrevero não é necessário. Não é feio fugir se a fuga é simplesmente um afastamento, um "recuo" para o lado.

Existem coisas nessa vida que não te merecem, assim como voce não merece muitas. Num mundo hostil a retração é inevitável. Por isso pessoas decidiram voltar a se comunicar através de cartas, agora digitais, eletrônicas, virtuais, pois bem, cartas. Como na Idade Média, como no passado onde a treva comandava. Pois ela voltou.

Hoje acordei com um sonho. Dentro de uma grande cidade virtual eu tentava chegar a algum lugar onde meu "eu" poderia conviver em paz, livre do meu medo misantropo. Havia um banco (instituição financeira), e eu, assim como outras pessoas, tirava um estrato bancário que garantia a nós a informação de que o Monstro estaria atacando e comendo, e Ele estava nos devorando de alguma forma, ou o que tínhamos de nosso. Segui por ruas muito estreitas em direção ao final do labirinto. Nessas ruas digitais eu me esquivava de grandes espécies de fios elétricos de altíssima voltagem que poderiam me explodir a qualquer toque meu. No fim eu chegava ao fim das ruas estreitas, mas um grande fio me impedia de me esquivar pela saída mais estreita ainda desse final de rua. Do outro lado a salvação, a paz. E um amigo antigo, que me olhava com surpresa, que por não saber o quê fazer, não me estendia a mão.
Resultado de imagem para realidade virtual
Eis a questão: Ninguém! Nenhum de nós!  Não
sabemos o quê fazer!

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