terça-feira, 5 de julho de 2016

Pra você

Se eu pudesse 
O ouro do Sol nos seus olhos 
A prata da lua nos seus cabelos 
A areia de praia nas suas pintas 
O azul do oceano na sua alma 
O verde da natureza nos seus sonhos 
E o carmim do coração na sua dança 
Se eu pudesse eu guardava 
Em mim





domingo, 3 de julho de 2016

Aranhas


Fiquei admirando uma pequena aranha parada na parede lateral do aquecedor do banheiro. Que bichinho incrível! E que monstro. Parado numa posição naturalmente impossível a qualquer ser humano, esse inseto é tão mais simples, tão menos complexo que um ser humano, e no entanto consegue ficar em pé sem cair em qualquer direção e sem o menor esforço.

Anos de evolução e o ser humano, tão complexo, foi obrigado talvez por causa desta complexidade a desenvolver um pequeno órgão, no interior dos ouvidos, que nos alerta o sentido de direção - o Labirinto. E por causa deste órgão conseguimos de olhos fechados sentir nossa posição em relação ao centro de gravidade. Ou será que por causa deste mesmo órgão não desenvolvemos, como as aranhas, a capacidade de simplesmente ficar em pé em qualquer direção? 

Será realmente essa uma evolução? Pois que a aranha tão mais simples que nós consegue façanha incrível! Isso me leva a pensar se nossa inteligência é realmente um resultado de evolução, ou não seria o contrário? A aranha tece sedas incríveis, geometricamente moldadas, consegue capturar seu alimento através de uma armadilha, um mecanismo complexo de inteligência. Inteligência sem moral! Inteligência natural. Um conceito não filosófico, porém inteligentíssimo! E ainda fica em pé em qualquer direção, sem fazer o menor esforço, sem qualquer mecanismo ou aparelho que não ela mesma, e com extrema facilidade. 

Isso me leva a pensar se o senso de direção é realmente algo evolutivamente inteligente. Pois enquanto nós precisamos muitas vezes nos segurar em paredes pra não cairmos, caso o Labirinto funcione mal, as aranhas, sem a menor direção, vão a qualquer lugar.