terça-feira, 2 de julho de 2013

Soneto de Portugal

Se existe algo que danifique meu coração
Situa-se trás-os-montes do teu olhar
Certo de que trespassarás minha condição
De bendita terra sofrida de tanto fadar

Naveguei no que não via, e no que não há
Perdida à chuvarada límpida em mares tantos
Cantei à harmonia de flechas caídas além mar
E assim sangraste teu coração em meus prantos

Ó terra que tu fincaste e amaldiçoaste
Com que certeza foi, por pureza tua, pois
Que com tanta maldição me abençoaste?

Ó terra celta que com o horizonte és tal e qual
Canta-te depois de fadar-me do fado que sois
E dar-te-hei as mãos para que segures Portugal






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