segunda-feira, 13 de maio de 2013

Redemoinho

Meu coração de coral
Não aguenta mais tanto vendaval
O fim do mundo num precipício
Insípido, vazio, fictício
Os arrecifes, as pedras, os abrolhos
Vertigem horizontal em seus olhos
De furacão...
Meu coração
Não aguenta mais guerras
Quer chegar logo à terra
Quer saltar das águas frias
Quer procriar na maresia
Mas o dilúvio de Deus
Junto com os olhos teus
Levam-no ao meio do turbilhão
Daquela idílica navegação
Que ao fundo se foi
Como no conto de Allan Poe





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