quarta-feira, 20 de março de 2013

Conto Feminista

A madrugada é imensa.. Por isso tudo se perde nela. E eu que ia escrever uma bela história... perdi! Me esqueci completamente dela por minutos, que na verdade percorreram meu dia todo, mas se juntarmos-os foram apenas minutos, sequer dez. 

Finalmente lembrei da história e vou escrevê-la com péssimas palavras e rápido texto. Me foi contada por um carneirinho na multidão. Sabe-se lá em que país ele está agora, já que é um cometa solto nas madrugadas da vida. 

A história diz que em Londres, século XVII, quando mal havia água potável para beber além da chuva rala, e do Thames já sujo, mulheres sumiam sem rastros físicos nas madrugadas dos vãos da sinistra e apertada cidade. As vielas escondiam os crimes, e os paralelepípedos as histórias. Postes de óleo de baleia eram testemunhas pobres dos horrendos casos que precederam até os do grande Jack. 

Pois sumiam mulheres a cada noite. E foi assim por meses e meses. A única evidência encontrada, além do sangue,  era um novelo de lã a cada crime. E a polícia obviamente teve a certeza de que o psicopata deixava sua marca de escárnio irônico através desses novelos. E sendo assim foi batizado de "Unhas de Gato".

Como a polícia não conseguia seguir seus rastros foi decretado estado de alerta em toda a área central de Westminster (onde os crimes eram mais frequentes), e foi designado uma pessoa, que sigilosamente investigaria os crimes de uma forma mais empírica do que teórica. Foi designado a andar pela noite. A vagar como um morcego, vestido de preto, atrás de fatos e evidências que pudessem surgir pelos becos sujos do século XVII.

A questão mais complexa era que o serial killer em questão não abordava (e matava) apenas mulheres. Fez-se confirmar que ele matava qualquer coisa que aparecesse no caminho. Até cachorrinhos não eram poupados. E sempre um novelo de lã era deixado ao lado do corpo.

Os jornais exibiam manchetes históricas, e em caixa altíssima, que apavoravam as pessoas e geravam um tremendo lucro. Londres viviam entre a ganância e o medo. Jornalistas morriam de medo, e até policiais mal  se atreviam nas ruelas pobres da pacata madrugada coberta de fog.

Desenhistas de plantão tentavam imaginar o "monstro", e desenhavam caras horrendas de homens bigodudos e feios - carrancas de maldade do refece. Surgiram até peças de teatro encenando os horrores passados pelas prostitutas e mulheres de bem "escolhidas" ao léu pelo vil homem.

E, naturalmente, qualquer homem era um possível carrasco, diante de tamanho medo e concentração. Mulheres desconfiavam até de seus amantes. Houve um período de caos na cidade, onde a figura masculina passou a ser olhada com desconfiança por todos.

Uma noite, o jovem encarregado de perambular pelos buracos da cidade em busca de informações deu de cara com uma cena suspeita. Uma mulher encostada num muro, que ficava numa rua escura bem embaixo de uma pequena passagem construída com tijolos já pretos pelo tempo (o que tornava tudo mais escuro ainda), parecia estar sendo abordada por um homem vestido numa capa cor de vinho e uma cartola escocesa. Ela olhava para baixo com nítida aflição.

No que viu a situação as pernas do encarregado gelaram e tremeram, pois que com certeza estava presenciando um dos crimes preste a acontecer. E juntando sua coragem em pedaços correu em direção ao criminoso empunhando um punhal (sua única arma), mas tal reação infeliz o fez fugir por um dos inúmeros labirintos de Waterloo. 

De qualquer forma respirou aliviado, pois que havia salvado a moça, que se encontrava cabisbaixa, como que morta de medo, e encostada no gélido muro de brownstone que lá havia. Olhou para ela, tocou sua mão e disse: - Calma, agora você está a salvo.

E foi nesse momento que percebeu que seu olhar era de gato, e olhando para baixo sentiu que por sua própria roupa escorria o líquido o qual chamamos de sangue. E que  na mão em que tocava havia a quentura de um novelo de lã.





4 comentários:

  1. Será que não peguei ainda o homem morcego? Gostei da estorinha! Me lembra uma indagação que foi censurada pela família... Sabes se vou sarar da moléstia de amor que fui acometida?

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  2. KKKKK! Tem maluca atacando o sol errado!!!! De qualquer forma: Achei um monte de texto e poesia legal por aqui!!! Recomendo! KKKKK! Tadim! Aquela insana pensa que és Selton Mello? KKKKKKK! Que equívoco interessante! Fui induzida ao erro.... KKKKK! Me perdoe se te chamar de céu e sol ofendeu... =oD//

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  3. June Maria!!!!...vc por aqui?....estoy aprendiendo muchas cosas con vc!!!....la contrafacker...jajaja...no sabia q existiera esa figura....ni siquiera sabia q yo era una faker....tambien he aprendido mucho sobre hacker...el mismo Selton me mando infoemacion a traves d sus videos d como me habia espiado...hace muy bien su trabajo...parece una loca d verdad...

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