sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Soneto sem ar

Tanto procurei, que tanto achei
Tanto quis, que enfim consegui
Tanto fui, que assim cheguei
Triturado, pelas pedras que segui

Tanto viajei, que acabei chegando
Tanto olhei, saturei meus olhos
Tanto naveguei, que fui parando
Aos poucos encalhando em abrolhos

Um mar de absinto me alucinou
Perdido, engatado aqui estou
Nas pedras do amor que 'inda respira

Respira, não sei como, mas respira!
O ar que disponho mas que expira.
E tonto, nado, sem saber o que me afogou

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