sábado, 11 de agosto de 2012

Risos

Ninguém pode com as mulheres de hoje em dia. 

K. foi numa festa, convidado por um amigo de uma banda de rock. A festa estava meio vazia, poucos homens, poucas mulheres. B. se recostou no balcão do bar com cara de quem não sabe se vai embora, ou se enche a cara. Naquele momento notou a presença de quatro mulheres que conversavam juntas. Estavam ligeiramente perto dele, especialmente uma delas, a mais bonita. Esta havia se movido e, embora de costas, se encontrava a cerca de um metro dele. Foi então que B., num impulso, perguntou  se poderia oferecer-lhe uma frase, escrita só a para ela, descrevendo sua beleza. A menina respondeu que sim, "claro!", e sorriu para ele com atenção. K. pensou: "essa vai ser moleza, tenho aqui na minha cabeça algo legal pra ela, escrevo bem, ta tudo certo." Não tinha caneta. Pediu à menina que estava ao lado dela, e que parecia mesmo ser sua irmã, e que prontamente atendeu. K. então se debruçou sobre o balcão e escreveu a primeira coisa que lhe surgiu na cabeça, deixando de lado completamente a frase que antes pensara. " O Sol só se põe quando seus olhos fecham, e a Lua só aparece para iluminar seus olhos fechados -  tanta é a sua beleza, o universo gira assim." 

Feliz da vida, achando ter escrito uma obra de arte, K. se voltou à menina, e ofereceu a ela a linda frase escrita num guardanapo qualquer. Ela leu, sorriu, sorriu mais, olhou para ele com olhos doces e proferiu: "Assina pra mim?".

K. feliz da vida, se sentindo um escritor, um artista, um galanteador de primeiríssima, digamos até... um CASANOVA!, voltou ao balcão e assinou com cuidado a estupenda frase que com certeza conquistara os doces olhos da linda menina . Depois de devidamente subscrito o texto, K. entregou à menina, e pediu a ela um telefone de contato. 

Ela fez um movimento  negativo com a cabeça, e em um segundo seus olhos doces se transformaram em olhos maternais, olhos de uma adulta perante um menino de quatro anos de idade. Surpreso, K. perguntou o porquê, alegando que havia feito algo bonito só para ela, e que merecia um contato qualquer, telefone e-mail, facebook, qualquer coisa! A menina, como resposta, mandou um "não" tão ilógico, que esbofeteou a bochecha de K. como uma bomba aviltante. 

Então, como se nada houvesse acontecido, as duas meninas, que pareciam irmãs, deram as mãos, e junto com elas, um beijo de língua, desses maravilhosos, coisa de cinema...

Fim do "contículo".

Moral da história: hahahahahahah!



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