Minha escura e amarga vida
Simples canhão de carga ferida
Tive que saber cutucá-la
Atirar, sem ver, seus becos e vielas
Superestimar aromas de rosas "intactas"
Estáticas ruas e negras via-lactas
Campos malgrados onde sonhos não vi
Duelos desconhecidos sem saber se morri
Em meus amores vãos
Cortinas acorrentadas
Prenderam-me ao chão
A um olhar que fascina e ata
Nunca saberei a distância que me dão
Pois sou cego e não vejo nada
Sensibilidade à mil...
ResponderExcluirBeijos.