Te daria todo o mundo
Mas só posso dar-te um grão de areia
E deste mundo agreste
Onde não há fores nem abelhas
Se eu pudesse inverteria as estações
Transformaria deserto
Em matas verdes, fauna, rios e monções
Inventaria jardins de pérolas em mares violetas
Largaria minhas mãos aos ventos
Desinventaria tormentas e canhões
Regaria de ouro a aura cinzenta que me arde
Seria, eu, um pássaro a vigiar o meu país
Mas me faltam asas e só sei cair como a tarde...
...e a me olhar, a Lua escorre por minhas mãos seus grãos de areia...
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Quantas rachaduras tem minha alma?
Ai, se eu eu pudesse colar-me...
Cola de farinha serviria?
Poderiam meus opostos reatar-me?
Colar minhas tristezas em minhas alegrias
seria uma descoberta merecida --
Colar, por fim, minhas mortes em minhas vidas...
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Legal, gostei.
ResponderExcluirAdorei meu doce poeta!
ResponderExcluirbeijos meus