quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Poema de Mim

Para mim não existem primaveras, nem abelhas flamejantes
Nem barcos de tristezas, nem caveiras de plástico, 
                                              / nem cavaleiros andantes
Para mim não existem trincheiras, nem fogo cruzado
Para mim não existem sedas nem vertentes mágicas 
                                              / nem baralho armado


Para mim não existem venenos de oliveiras, 
                                              / nem estrume de cobra
Nem cinzeiros de nuvens, nem lagartos que sorriem, 
                                               / nem pau-pra-toda-obra
Para mim, não existem rastros pela cidade, 
                               / nem palcos infestados de mordaça
Para mim a morte é de pano, e os arames sustentam 
                                                 / a gravidade flutuada


.............................................não
.............................................sim
.............................................tão
.............................................mim


Para mim não existe a dúvida mal lavrada
Para mim não existem mais palavras...
Para mim não existem cercas de mentira e pronto!
Eu, que me afoguei em redemoinhos de sonhos...


2 comentários:

  1. Grande Alan,
    sempre bom ver teus textos e esse para mim foi fantástico...
    até parece que conversamos sobre minha vida antes...
    abraços meu amigo

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  2. Viver é afogar-se, é inevitável rota de colisão.

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