domingo, 28 de fevereiro de 2010

Pra tentar rir

Tava assistindo a um programa de TV americano sobre sexo, daqueles onde perguntas são feitas a um apresentador, por telespectadores através de telefone. Uma menina de Atlanta perguntou como fazia para tornar a sua vagina mais apertada. A apresentadora ficou meio boba com a pergunta e perguntou qualquer coisa além. Aí a menina perguntou de jogar vinagre na vagina a tornaria mais apertada. E apresentadora num singular momento de reflexão que demorou apenas uma eternidade televisiva de um minuto respondeu: só se você quiser ter uma boceta em conserva (picled pussy). ahahahahahahahahahhahahahahahahh! Eu me mijava de rir!!!! Há tempos não perdia o controle assim na frente da televisão.

Esses americanos são ótimos. Tão ótimos quanto ambíguos. O mundo os odeia. Eu penso: antes eles que os alemães. Ou os chineses. Mas estes vão chegar lá. Que pena. Os americanos são uns idiotas. Mas ao mesmo tempo são os melhores em tudo. Assistindo ao programa de calouros hollywoodiano "America's got talent", ao qual eu possuía pre-conceito e sei lá o quê possuo agora, ví um negro de NY chorar ao se apresentar cantando em frente aos jurados e público. Vinha de uma história triste, problemas familiares seríssimos, falta de dinheiro endêmica, pobreza mesmo, falta, falta e mais falta... Chorou na hora da apresentação e cantou. Não era um Sam Cooke, mas cantava. Os jurados o proclamaram. Até o jurado britânico, famoso por sua frieza típica brotou água nos olhos. E eu fiquei pensando, que merda a falta de grana. Eu mesmo sem um tostão fico pensando. Que mundo é esse em que o dinheiro é tudo? Meus amigos, a maioria milhonária nem pensa nisso. Ou se pensa o faz de forma superficial, como quem assiste a um terremoto no Chile pela televisão e sofre por eles. A gente só sabe mesmo quando a terra cai na cabeça. O sofrimento é algo que implica em dor. Não adianta entender alguém que sofre. Não dá.

Mas os americanos são mesmo ambíguos, mas eu os entendo, dentro dessa frieza pragmática, a necessidade de fazer algo é latente, porém ultrasuperficial, tudo ao mesmo tempo. No programa eles faziam campanha em favor do desatre no haiti, não apenas mostrando cenas tristes do ocorrido, mas utilizando, de forma ao meu ver, até sordida, as imagens no meio do programa, junto a um cantor imbecil e medíocre vencedor de alguma edição anterior. Mas ao mesmo tempo sabendo empregar essa sordidez, e fazer uma campanha vigorosa de arrecadação de fundos para a desgraça alheia. É o máximo que se pode esperar da ambiguidade. Os caras sabem ganhar dinheiro, e sabem arrecadar. Dá nojo e amor ao mesmo tempo.

Pelo menos algo acontece por lá. Por aqui só mentiras nada amgíguas. Mentiras direcionadas, e um povo cujo pragmatismo é acreditar em balela. A cada notícia, uma nova pizza. A cada novidade uma forma de desviar a atenção pública. Não sei o que é melhor. Só sei que a nossa sociedade é fraca, desunida e individualista. A deles é forte. Aplica o individualismo em prol de um conforto geral. Há que se estar entre os primeiros. Não nos contentemos em ser "em desenvolvimento". Enquanto aqui estamos felizes com o segundo lugar, sendo que na verdade ele é o terceiro, o quarto, o quinto... Nossa sociedade aceita o populismo e acredita no um-por-um-todos-por-ninguém. É isso aí, cansei de escrever, vou dormir. Ninguém vai ler essa merda mesmo...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Lua

Lua...
Estrela guia...
Estivesse perto de mim
Não me guiaria assim

Lua de queijo
Lua de féu
Escrevo em teus buracos
Crateras no céu

Lua de requeijão
Escorre com a chuva
Mancha meus oceânos
Sua trilha de verão

Lua de cal
Lua equilibrista
Equilibra nossa vista
Nos pinta de amarelo

Lua me olha de soslaio
E eu te sigo afobado
Lua é você dançando um tango
Te persigo e nunca alcanço


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Papel e ilusão

Quando o tempo passar
E a vida for chegando perto de chegar
Se lembre ainda resta uma migalha de ilusão

Quando a fome apertar
E tudo for faltando perto de faltar
Se lembre ainda resta uma migalha de ilusão

Vou te contar uma história
O amor vem na hora que tem que chegar
Nada é pra sempre
Mas bem de repente a gente não pode acabar

Quando o vazio chegar
E a música se acabando for se acabar
Se lembre ainda resta um pedaço de papel

E se esse vazio vingar
E a música se calando de fato calar
Se lembre ainda existe um papel e uma ilusão

Vou te contar uma história
O amor vem na hora que tem que chegar
Nada é pra sempre
Mas bem de repente a gente não pode acabar

(Essa é a letra da primeira, ou segunda música, que fiz na minha vida. Quem quiser pode ouvi-la no site: www.myspace.com/alansommer1)

Deixem um comentário, por favor.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Capitalismo

Nós, os seres humanos, de todos os animais, somos os mais traiçoeiros. Como esperar então "humanidade" do capitalismo, ou honestidade de qualquer regime ou sistema político, ou em qualquer relação social existente? Retórica idiota criticar o capitalismo se ele se enquadra melhor no que nós somos. Afinal, nós somos aqueles que esperam o simples descuido do próximo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Lei Besta

Ontem de madrugada fui até o posto de conveniência que tem perto da minha casa pra comprar uma birita e passar minha madrugada numa boa. Descobri então que existe uma nova lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas após a meia-noite. Bebidas alcoólicas não... bebidas alcoólicas GELADAS!

É a lei seca. O choque de ordem necessário porém burro.

Eu morei em Los Angeles e lá a venda de bebida alcoólica é proibida à partir das duas da manhã. Lá, onde a lei é mais inteligente e feita pra dar certo, proíbe-se a venda de bebidas independente do estado térmico desta.

Aqui parece que o relevante é justamente a temperatura do líquido, já que se eu estiver afim de me embebedar com uma cerveja quente eu posso e foda-se a lei seca. Ou então posso comprar um saco de gelo, a bebida, e em 15 minutos tenho uma birita ótima dentro do meu carro.

Tô de saco cheio de tanta inbecilidade neste país de bosta.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

É isso mesmo

Tô afim de escrever poesia
Poesia suja de estepe
Aquela que você encontra no lixo
Porque o lixo ela merece

Escrever o pós-virado
O suceder do que sucede
O depois do já passado
Aquilo que nem lembro mais

Quero que todos vão à merda
E que a merda vá a todos
Por igual, um mundo desgraçado
Espera suplantar o esgoto

Tá bom, quem vai ler isso pela primeira vez
Vai ter má impressão de mim
Peço perdão, essa não é minha tez
Eu sou claro quando me dá vontade

Uau!

Instalei um novo "device" nesse blog de merda. Um negócio maravilhoso que registra as pessoas que acessam e suas nacionalidades. Ótimo. Hoje tive 5 brasileiros e um americano. (!!!) Puta que pariu! Eu achava que ninguém entrava no meu blog. Não é que sempre tem um que entra? Pois fico me perguntando sempre: quem será que perde o seu precioso tempo lendo um bêbado?
Quem será que coberto pela bruma internáutica, pelas névoas do ostracismo, pelo fog inerente à "virtualidade" vem aqui ler este solitário autor de bobagens e seriedades platônicas?
Sei lá! Esse mundo virtual é uma merda mesmo. Um bando de gente sem a menor qualificação escrevendo babaquices e postando para o mundo sem qualificação também. É, se o mundo não acabar em 2012 a próxima copa do mundo vai ser um monte de merda quente mesmo.
Beijos a todos e vão se foder!

For E...

miss youMight not seem likeBut I miss youAs i drink my pure alcoolNo brandy i tasteI just taste what I feelAnd I miss youEmptyness of stoneUrge to write a songA feeling that I am all aloneForeverAnd I miss youEverytime i see a flowerEverytime i see the sunshineEven though you are the moonFor me you are a moon that burnsI cant wait to see youBut i kill myself over my wishI feel like a thornA thunder striking onI miss you like a stoneThat cant moveBecause all I can doRight now is not to moveMy hands are tiedMy mind is uptightMy dreams are on frightBut i miss youAnd you are always on my mindAnd I dont know howI dont know whyBut thats how it isSince i saw youOn that tableEating crappy fancy brazilian shitI missed you since the begining of timeSorry to use my poor englishTo describe a deep feelingAlso my poor alcool to pour my obscure life to youand I am away, i know...But wherever I goYou are on my mindAnd i carry you with meCause I miss you...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Às 6 da matina

Eis a beleza! A beleza... brota num carvão. Na terra, que é merda de astros. A beleza brota num olhar verde, injetado de sangue pelos lados, o verde esmeralda cínico e livre, os vazos pulsando em volta loucos para romper à inundação. A beleza em ti. É linda em mim. Pois eu a vejo. Rascante, me ferindo com fantasia. Seus chicotes enlameados com pedras a-la-bife-a-milanesa. Uma vez conheci uma menina bela e suicída. Os olhos cintilavam mais que a gilete na pele. Um torpor mágico enredando a sua vida. Quem quer morrer se mata de verdade, não tenta. Morrer é fácil, difícil é viver. Eis a beleza. A beleza... é sempre difícil. Ninguém gosta da beleza porque ela é bonita. Gosta-se porque é difícil. O feio é fácil. A beleza nunca. Um mar devasta milhões de seres vivos, alimenta outros, as ondas... explodem como bombas. Matam milhões de microorganismos por segundo. Mas um terreiro de areia pisada, dura, rachada de sol, gasta pelo Nada é feio. Nada se transforma num lugar desses. Não há devastação da alma. Não há nada além de vento que passa por cima, raspando, acariciando, e dando tostões na cabeça. Não estou dizendo que o que mata é belo, pelo contrário. O que se move é belo. A vida se move e se transforma. Nuvens gotejantes por sobre rosáceas amarelas, perfumes de dois bilhões de anos inundando pulmões recém nascidos num campo de gloriosa grama eterna e nunca raspada, montanhas cobertas com o açúcar dos tempos, e olhos e bocas e braços abertos, que se fecham e abrem, e novamente olhos, agora não mais injetados, mas verdes, que é minha cor favorita.